quarta-feira, 29 de outubro de 2008

UMBANDA E SUA MEDIUNIDADE

O Trabalho Mediúnico

Não é Fácil ser Médium e o Mais Difícil Ainda é Ser Médium de Umbanda.
A mediunidade é o Elo de Ligação, O caminho e a meta das pessoas possuidoras desse dom. E longe de ser um instrumento passivo, o médium, como mediador que é, tem o dever de buscar o auto-aprimoramento e a reta conduta, pois, esses são os sintonizadores maiores da mediunidade. É como disse o mestre: "Uma Árvore Má Não Pode Dar Bons Frutos"…
E é plantando que se colhe, ou seja, nossas afinidades refletem o nível e o
tipo de espíritos que atraímos para nosso campo mediúnico.
Sabemos o quanto é penoso o caminho da matéria, quantos pseudo-atalhos existem no caminho da evolução, incontáveis atalhos que não levam a lugar nenhum e, para conseguirmos uma sintonia fina com "canais" superiores precisamos de três coisas básicas: humildade, simplicidade, e pureza de pensamentos, sentimentos e ações. A primeira vista parece simples, mas quando pisamos no chão, nos damos conta de nossa fraqueza que, nos atira a caminhos escuros e incertos. Então, só apelando para o Astral superior é que conseguiremos trilhar o verdadeiro caminho da espiritualidade, pois, se estamos fracos, nossa fé verdadeira pautada pela razão nos libertará. E gradativamente conquistaremos e domaremos o nosso pior inimigo que,
Está em nosso íntimo.
Ainda, em termos científicos podemos definir a mediunidade como um aumento variável da percepção extra-física ( PES ), causada por modificações e acréscimos energéticos nos chacras de determinadas pessoas, e ressaltamos que esse processo ocorre antes de encarne ou seja, a nível Astral, Quando Se Assume Perante a Deus em Qual Religião Se Deve Servir.
Essas pessoas, os médiuns, possuem o dom mediúnico por terem missões de Resgate kármicas dentro do movimento espiritualista. A palavra mediunidade significa modo, meio de manifestação, ou intermediação.
E partindo do fato de que a mediunidade está vinculada a missões definidas, não é correto afirmarmos que todas as pessoas são médiuns; Podemos dizer que todos são Susceptíveis às influências espirituais, mas, isso não é mediunidade.
Saibam também que existem diversas formas de mediunidade, tais como: a Clarividência, a Clariaudiência, Vidência, Intuitiva etc. E existe uma forma de mediunidade mais acentuada, a mais utilizada na Umbanda, que é a mediunidade de incorporação.
O médium de incorporação é aquele que além da ligação e proteção da corrente espiritual de sua vibração original ( Orixá ), possui uma forte ligação com determinadas entidades espirituais.
Essa ligação vem de ligações kármicas e do acordo firmado no plano Astral, pelo próprio médium antes de seu reencarne, onde o mesmo se compromete a trabalhar pela causa espiritualista em determinado movimento ou culto.
Por essa razão que ouvimos pessoas dizerem que foram falar com a entidade tal, e ela lhe aconselharam para que vestisse a roupa branca, ou seja, que assumisse sua missão mediúnica.
Vocês que passaram por isso, se conversaram com "entidades de fato" e foram chamados para o trabalho, não percam tempo. Procurem um templo que mais se Afinize com suas idéias e assumam seu compromisso que, certamente serão mais felizes e realizados.
Dentro da mediunidade de incorporação existem três tipos básicos de atuação que caracterizam graus kármicos e de consciência, expressos nos médiuns de karma: probatório, evolutivo, ou missionário.
Os médiuns de karma probatória se afinizam e trabalham com entidades no grau de protetores. A maioria de nós está nessa condição e utiliza o caminho da mediunidade como apaziguador para débitos kármicos antigos.
Há também, os médiuns de karma evolutivo se afinizam e trabalham com entidades no grau guia, eles possuem um mediunismo mais apurado com possibilidades de desenvolver a clarividência e a clariaudiência, na dependência da função desempenhada, a qual lhe foi confiada no astral.
Por fim, existem raros médiuns no grau de missionários, eles são mestres com grandes missões junto a coletividade a qual pertencem, e se mediunizados podem constatar e manifestar entidades no grau de Orixás Menores; Eles possuem vários dons mediúnicos, associados a um grande conhecimento, adquirido em encarnações pretéritas, e alicerçados pela luz do amor e da sabedoria que só raras pessoas possuem.
Enfim, independente do grau ou atividade mediúnica, todas as entidades espirituais trabalham e todos os médiuns estão aptos a desenvolver também, importantes trabalhos que contribuirão para evolução mundial.
Se cada um fizer sua pequena parte, por amor, teremos um mundo bem melhor porque o futuro realmente depende de Nós!

2 -) A Ética na mediunidade
O médium como Elo de Ligação entre o visível e o invisível, deve se preocupar em manter a serenidade mental no seu dia a dia para que pensamentos difusos são sejam cultivados porque promovem uma sintonia com entidades espirituais de baixa estirpe moral.
E como médium devido sua abundante energia é alvo dos mais atrozes ataques provenientes do baixio astral desencarnado e encarnado, ele deve procurar manter um nível de pensamentos salutares procurando seleciona-los em companhia de pessoas de boa índole ( dize-me com quem andas, que eu te direi quem és ! ), para que sua corrente mental o proteja das ações do baixo astral, para que sua boca pronuncie palavras limpas, e para seus ouvidos ouçam palavras harmoniosas porque é de nossa boca que emana aquilo do que nosso coração está cheio. E nesse ponto salientamos que, é também pela boca que ingerimos os alimentos, logo, esses alimentos também devem ser selecionados para que a harmonia impere em nosso organismo como um todo; Sabemos que as abstenções do consumo de carne vermelha pelos médiuns umbandistas têm que ser controlada porque somos alvos de ataques constantes e necessitamos de um sustentáculo material mais rebuscado ( mais proteína ) porém, pensamos que ao menos a carne de porco pode ser suprimida de nossa alimentação com racionalidade. Irmãos, a alimentação constituem um fator decisivo na atuação mediúnica porque quando ingerimos carne, quando comemos em excesso ou ingerimos álcool, o nosso organismo sofre alterações químicas que além de estimularem o animismo vicioso através da ligação instintiva intensa, ainda promovem uma eliminação via hálito e suor que, pode prejudicar os consulentes em uma consulta mediúnica.
Por todos esses fatores é que ao menos no dia da sessão de caridade, devemos nos abster de carne, de álcool, e até a diminuição do fumo por parte de quem cultiva esse infeliz hábito é aconselhável porque, o fumo carreia toxinas que dificultam a fluência energética no nosso organismo, bem como obscurecem nossa sensibilidade às vibrações superiores emanadas por nosso mentor espiritual. Muitos devem estar fazendo a observação de que os as entidades de Umbanda utilizam o fumo e o álcool em seus trabalhos, porém ressaltamos que elas utilizam esses elementos justamente como amortecedores de cargas oriundas de baixas vibrações e que quando desencorparam, minimizam a atuação negativa dessas substâncias no corpo físico do médium e isso explica o motivo de muitos médiuns que atuam frequentemente em ambientes hostis com trabalhos pesados, ingerirem álcool (marafo) em quantidade e depois que desencorparam não apresentarem efeitos desse elemento; Isso quando incorporam de verdade…
O médium no dia que vai atuar mediunicamente ainda deve se abster de sexo para preservar sua vibração original, o que será positivo no contato mediúnico pois, o sexo une dois seres a níveis mais sutis do que o físico…
Outro ponto importante não relativo a sexualidade mas a sexo, é o fato de que no período pré-menstrual e na menopausa, o organismo provocar alterações psíquicas decorrentes da t.p.m. ( tensão pré-menstrual ) ENTRE OUTROS FATORES , portanto, a mulher sofre fortes influências psíquicas regidas pelo ciclo menstrual que, como o ciclo lunar é de 28 dias.
E o fato da mulher ter ciclos negativos como a lua ( cheia e minguante ) é de conhecimento de culturas antigas pois, em tribos indígenas a mulher fica isolada no período menstrual, longe de seus afazeres habituais, e no próprio antigo testamento da Bíblia está escrito:
" Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue e que seja fluxo de sangue do seu corpo, permanecerá durante sete dias na impureza de suas regras. ( Levítico 15,19 ) "
" Não te aproximarás de uma mulher, para descobrir a sua nudez, durante a sua impureza das regras. ( Levítico 20,18 ). "
Assim, é justamente por essa inconstância vibratória, que a mulher não pode exercer a função de comando em escolas de iniciação. Queremos deixar claro que não somos machistas e somos avessos ao preconceito, mesmo porque, a evolução psicológica em nossa sociedade não dá espaços para atitudes radicais e preconceituosas, a ponto de hoje entendermos que homem e mulher são igualmente filhos de Deus e cada um em seu caminho pode alcançar sua realização pessoal e transcendental em harmonia com seu par . Mas, como homem e mulher são diferentes a nível físico, emocional e mental, na Umbanda, a mulher só pode assumir o comando em agrupamentos esotéricos ou terreiros onde não há uma manipulação efetiva da magia , desde que no período menstrual seja substituída por um homem ( sacerdote ).
Enfim, não queremos ser normalistas ou falso-moralistas, queremos expor os fatos à luz da razão com explicações lógicas e plausíveis, para que o médium não venha a prejudicar a si e aos outros.

3-) Diferenças fundamentais entre os médiuns na Umbanda e os médiuns no Kardecismo
O kardecismo fez renascer os conceitos milenares de reencarnação, vida eterna, pluralidade dos mundo e lei do Karma ( vida em ação ), ou lei de causa e efeito.
E a partir dessas bases, o movimento umbandista surgiu em um novo momento do espiritualismo, cujo objetivo é reascender no homem a chama da humildade e sabedoria, da simplicidade e fortaleza, e do amor e alegria, por meio das entidades ditas como: pais-velhos, caboclos, e crianças.
Ainda hoje, dentre os agrupamentos esotéricos, a Umbanda é taxada por muitos como baixo espiritismo, macumba e feitiçaria. Isso ocorre porque a Umbanda lida com seres humanos e, como outras religiões também estão sujeita as deturpações e inversões de valores.
A única diferença que acentua o efeito dessas deturpações no meio umbandista é que a Umbanda é um campo de batalhas, tem mironga (magia), tem Eros (segredos), e exigi líderes gabaritados e com ordens e direitos de trabalho adquirido quando ainda estavam no astral, ou seja, quando estavam desencarnados.
Porque, o verdadeiro médium umbandista traz um grande acréscimo energético em seus chacras para poder suportar as batalhas e demandas contra o mal, por isso, a mediunidade na Umbanda é diferente da mediunidade no espiritismo pois, no Kardecismo a forma mediúnica predominante é a intuitiva ( irradiação intuitiva ) e não há incorporações nem quebra de feitiçarias e, na Umbanda a forma mediúnica predominante é a incorporação semi-consciente.
Não estou sugerindo que um tipo de mediunidade seja melhor do que o outro, estou apenas apontando as diferenças e, assim "procurando alertar as pessoas que por falta de conhecimento podem ser muito prejudicadas".
Então, o corpo astral do legítimo médium umbandista foi preparado para suportar entrechoques fortes, para conter a fúria do baixo astral.
Com esses aportes o médium umbandista pode até trabalhar em correntes Kardecistas apesar de não estar cumprindo sua missão pré-determinada mas, o legítimo médium espírita não pode trabalhar no movimento umbandista pois, na sua missão atual ele não precisará se confrontar com o submundo astral e não foi preparado para isso.
Portanto, se uma pessoa resolve abrir uma tenda de Umbanda por conta própria, sem as devidas ordens e direitos, sem a cobertura de um guia ou protetor de Umbanda, o terreiro literalmente cai, e é invadido pelo submundo astral que mistifica as verdadeiras entidades de Umbanda. É fácil reconhecer um terreiro nesse estado pois, o ambiente astral é carregadíssimo, as pseudo-entidades solicitam matanças constantes de animais, induzem os médiuns à vaidade e a vingança, fazem trabalhos de baixa estirpe e usam um palavreado de "baixo calão" constantemente.
Umbanda não é brincadeira. Separemos o joio do trigo, lembrando que já no primeiro terreiro de Umbanda, em 1908, não existiam matanças de animais, e que foi a influência e a migração dos praticantes de outros cultos que trouxeram essas práticas.
Notem, que queremos e nem temos o direito de julgar ninguém, mesmo porque no antigo testamento da Bíblia encontramos até referências a sacrifícios com animais feitos por Moisés. No entanto, queremos esclarecer o que é, e o que não é da Umbanda.
Enfim, a Umbanda não ensina a prática da baixa magia, mas se pessoas utilizando o bom nome da Umbanda assim agem, devemos alertar a todos sobre a lei do Karma ou causa e efeito já que a Umbanda é um culto universalista de paz e amor e que possui um papel fundamental no espiritualismo, convivendo em harmonia com todos os outros cultos, prova disso é a declaração do valoroso Chico Xavier em resposta a uma pergunta sobre a Umbanda, formulada pelo jornalista e umbandista Vicente Leporaca, onde o mesmo disse:
" - Respeitamos na Umbanda, uma grande legião de companheiros muito respeitáveis, consagrados à caridade que Jesus nos legou, grandes expositores da mediunidade, da mediunidade que auxilia, alivia o próximo. Credores da nossa maior veneração, conquanto estejamos vinculados aos princípios codificados por Allan Kardec, de nossa parte. "
( do livro: Dos hippies aos problemas do mundo - Chico Xavier )

Nenhum comentário: